26 janeiro 2008

ele há coisas...

ontem fui elogiado por colegas pela forma como, supostamente, lidei com uma dada situação que criou algum incómodo na instituição onde trabalho. de modo resumido, gabaram-me a paciência e a calma com que resolvi uma situação criada por uma profissional de outra instituição, cuja postura deixou um bocadinho a desejar. quando mo disseram fiquei sem saber o que dizer e limitei-me ao "mas... obrigado!".

a verdade é que não sabia o que tinha feito de tão especial e hoje também não o sei. ao que parece os meus colegas interpretaram a postura dessa tal profissional de uma forma ameaçadora: "esta tipa está aqui a duvidar da nossa competência!! está a ver se descobre uma brecha na nossa organização para inflitrar a dúvida!". obviamente ficaram pior do que estragados. eu limitei-me a pensar: "não concordo muito com aquilo que ela está a dizer, mas quem sou eu para pôr em causa alguém tão mais experiente? bem, vou limitar-me a dar a minha opinião e depois logo se vê!"... e a situação passou-me ao lado...

realmente a leitura cognitivo-comportamental dos fenómenos psicológicos faz muito sentido. às vezes...

2 comments:

Anonymous Anónimo said...

podias ser mais descritivo, já agora queria saber os detalhes!!
um abraço

1:27 da tarde  
Blogger samgs said...

vou tentar ser mais descritivo sem dizer demasiado ;)

basicamente um utente meu (com deficiência mental) foi alvo de um comportamento agressivo por parte de um utente de uma colega (sem deficiência mental, a fazer formação na instituição onde trabalho como tantos outros). ora eu tratei de averiguar os factos ocorridos com o jovem que acompanho e concluo que, sem margem para dúvidas, este não provocou de modo nenhum tal comportamento no outro e só pecou por não se ter conseguido defender. a minha colega falou com o agressor e este confessou o acto. de pronto este foi informado de que seria castigado, enquanto eu informei a familia do primeiro desta mesma decisão. ora o agressor, como habita numa outra instituição, foi alvo de um castigo nessa mesma instiuição - combinado entre a minha colega e um responsável da outra instiuição - e na nossa limitou-se a ter que avançar com um pedido de desculpas formal ao jovem que eu acompanho. e aqui entra em cena a outra profissional, que não sendo a tal responsável contactada para acordar um castigo, veio à nossa instiuição e pretendia confrontar os dois jovens directamente. tendo em conta as diferenças entre os dois, achei que não fazia qualquer sentido, pois as declarações do meu utente seriam provavelmente enviesadas pelo receio de represálias do outro ou pela simples pressão de ter que acusar alguém à frente de tanta gente. consta que esta tal profissional, antes de eu ser chamado a opinar, já teria estado algum tempo a insistir para que fosse feito um confronto deste género, refugiando-se sempre num "mas eu acredito em vocês" (vocês=eu e a minha colega). depois de não ver satisfeita a sua "exigência" a senhor dirigiu-se à coordenadora da equipa técnica que acompanha os jovens das áreas de formação em tons pouco abonatórios que provocaram grande irritação nesta última.

importa dizer que a senhora já era conhecida da minha colega e respectiva coordenadora e eu nunca a tinha visto mais gorda.

enfim, acho que te confundi ainda mais ;)

6:07 da tarde  

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