21 outubro 2007

evolução...

quando tinha 8, 9 ou 10 anos vi um filme chamado "a última valsa" que retratava o último concerto de uma banda. nas cenas finais aparecia um senhor de chapéu e barba por fazer... trazia também uma guitarra e durante 10 minutos o meu mundo era ele. chamava-se bob dylan disse-me o meu pai... devorei o filme até gastar a fita, mostrava o filme a amigos que nada viam ali que lhes interessasse... mas eu via... o tal senhor de chapéu que cantava qualquer coisa sobre a juventude... explorei a colecção de discos do meu pai... o tal dylan, para além daqueles 10 minutos, tinha mais canções... não sabia o que estava escrito nas capas dos discos nem entendia nada do que estava naquelas letras todas que alguns discos traziam.... mas quando aquele senhor da voz esquisita cantava eu ouvia e entendia. não sabia muito bem que mundo era aquele, não sabia de onde vinha o tal dylan nem para onde ia... mas os sons que saiam da aparelhagem levavam-me para o mundo dele... o tal mundo desconhecido bem mais interessante que aquele que me rodeava. nem sabia muito bem se estava vivo, se era velho ou novo o tal dylan. o meu dylan era o daquela fita mágica e o das capas dos discos do meu pai. não era bonito mas tinha estilo. e eu queria ser como ele.

hoje tenho 24 anos e acho que ainda quero ser como ele.

1 comments:

Blogger Calado said...

Eu com 10 anos tive a minha emancipaçao musical, começei a ouvir os Roxette e os Guns & Roses das cassetes da minha prima, para contrapor ao Zeca Afonso e Chico Buarque dos Vinyls do meu pai. Hoje em dia volto a ouvir com grande vontade ao zeca e ao chico e acho piada ter começado a adquirir gosto musical próprio com o "how do you do" dos Roxette.

9:00 da tarde  

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